Hoje eu vendi a minha alma
Parti para uma encruzilhada
Abri mão de toda minha calma
E assinei a papelada
Eu que nunca fiz nada de mal
Vivi minha vida em paz
E abri mão do banal
Desde quando era somente um rapaz
Agora não preciso ter os pés no chão
Posso ter a cabeça nas nuvens
Ter o mundo em minha mão
Dos protozoários aos homo sapiens
Nada é fácil como parece
Mas quem tem tudo as vezes esquece
Que seja com trabalho ou com uma prece
O que você deseja uma hora desaparece
Ninguém se importa, ninguém vê
O unico que sente aquela dor é você
Mas você, fraco cego, apenas um bebê
Acredita estar certo em tudo que prevê
Não se controla, não controla seus objetivos
Vive dizendo ser seu dono
Mas cai vitíma de planos subjetivos
E no final é filho do abandono
Sombra dos motivos
Em uma noite sem sono
Você que nos finais momentos
Se que sente pena dos próprios sofrimentos
E que age como se fosse a última sombra
O ultimo fogo na mente, a última lombra
Não importa quem você foi
Mas não porque somos todos iguais
Mas porque rei-da-selva ou peixe-boi
Quando você se vai, ninguém quer saber mais.
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